Sempre preocupados com o futuro, apresentamos à comissão técnica do Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência três temas de bastante relevância a todo o trabalho que já desenvolvemos há décadas, no intuito de propagar nossa experiência às novas gerações de médicos de forma que possam optimizar melhor o atendimento sem ter que passar pelos mesmos estágios de evolução que já passamos. Abaixo o resumo dos trabalhos submetidos à comissão avaliadora a serem apresentados no congresso médico supracitado.
Campeonatos de Parapente: uma breve história do atendimento ao politraumatizado
Autor: Joselito Fonseca Corrêa CREMESP 127.281
Objetivo
Descrever nossa experiência no manejo do
politraumatizado desde os primeiros campeonatos de parapente realizados no
Brasil a partir de 2001, citando a evolução gradual dessa modalidade de voo
atrelada às suas necessidades específicas para o suporte avançado de vida ainda
na fase pré-hospitalar do acidentado.
Métodos
Evidenciamos os conhecimentos fornecidos pelos
primeiros cursos de suporte de vida avançado ao politraumatizado do Colégio
Americano de Cirurgiões que associamos nesse início a procedimentos clássicos da clínica cirúrgica
e à própria prática da medicina de emergência. A seguir demonstramos tudo o que
pôde ser feito no intuito de criar novos equipamentos e desenvolver rotinas
próprias para esse novo esporte que difunde-se rapidamente em vários países.
Resultados
Demonstramos o que pôde ser efetivamente
realizado, as situações e condições adversas enfrentadas, como evoluímos, os
equipamentos por nós desenvolvidos, os procedimentos cirúrgicos clássicos
utilizados, a influência do ambiente e da meteorologia na saúde dos atletas
além de avaliar o impacto de doenças virais e epidemias no risco
desportivo.
Conclusão
Concluímos que nossa intervenção foi fundamental
ao voo livre de parapente justamente por avançar com um conhecimento de ponta
para o resgate médico em áreas de difícil acesso em regiões brasileiras onde o
atendimento ao politraumatizado ainda não havia atingido o status de
sistematização proposto pelo Colégio Americano de Cirurgiões nesse período
inicial do esporte. Nosso trabalho foi reconhecido internacionalmente como
“pioneiro” nessa área desportiva além de atingirmos o summitt mundial
reconhecido por instituições centenárias de renome como a Fédération
Aéronautique Internationale.
Abstract
Paragliding
Championships: a brief history of care for polytrauma patients
Author: Joselito Fonseca Corrêa CREMESP 127,281
objective
Describe our experience
in handling polytraumatized patients since the first paragliding championships
held in Brazil since 2001, citing the gradual evolution of this flight modality
linked to their specific needs for advanced life support even in the
pre-hospital phase of the injured person.
Methods
We highlight the
knowledge provided by the first advanced life support courses to the polytrauma
patient at the American College of Surgeons, which at the beginning we
associated with classic procedures of surgical clinic and the practice of
emergency medicine itself. Below we demonstrate everything that could be done
in order to create new equipment and develop routines for this new sport that
is spreading rapidly in several countries.
Results
We demonstrate what could
be effectively accomplished, the adverse situations and conditions faced, how
we evolved, the equipment we developed, the classic surgical procedures used,
the influence of the environment and meteorology on the athletes' health, in
addition to assessing the impact of viral and epidemics in sports risk.
Conclusion
We conclude that our
intervention was fundamental to paragliding free flight precisely because it
advanced with cutting-edge knowledge for medical rescue in areas that are
difficult to access in Brazilian regions where care for polytrauma patients had
not yet reached the status of systematization proposed by the American College
of Surgeons in this initial period of the sport. Our work has been
internationally recognized as a “pioneer” in this sports area, in addition to
reaching the world summitt recognized by renowned century-old institutions such
as the Fédération Aéronautique Internationale.
EVACUAÇÃO
DE PACIENTES EM MAR 9
Autor:
Joselito Fonseca Corrêa
CREMESP: 127.281
Objetivo
Demonstrar nossa experiência técnica na evacuação
de navios em mares de classificação 9 na escala de Douglas (com ondas de
tamanhos entre 9 e 14 metros) e descrever uma experiência prática em que houve
a iminência de evacuação de um navio durante uma tempestade com ondas de 14
metros de altura no Oceano Atlântico Sul.
Métodos
Revendo minuciosamente todos os pontos abordados
no adestramento técnico de comissões de inspeção naval, avaliamos sua
relevância para a segurança da navegação assim como comparamos a factibilidade
da teoria em mares com ondas entre 9 e 14 metros (Douglas Scale).
Resultados
Descreveremos nosso trabalho enquanto sob a
incumbência de Inspetor dos Setores de Saúde dos navios componentes da frota da
Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha de Guerra do Brasil durante as
viagens da Comissão de Inspeção e Assessoria ao Adestramento enfatizando como
esses treinamentos são cruciais ao bom desempenho tanto do resgate de feridos
quanto da evacuação em alto mar relatando uma experiência real de iminência de
evacuação.
Conclusão
Embora os treinamentos das comissões navais sejam
suficientemente técnicos e seus adestramentos
bastante efetivos, a experiência real de se estar em um navio
oceanográfico de 17 metros de altura por 67 metros de comprimento sujeito a
ondas de 14 metros foge bastante do previsto teoricamente. Relatamos as
dificuldades encontradas na navegação em mar de nível 9 (Douglas) o qual está
geralmente associado a ventos de 89 a 120 Km/hr segundo a escala comparativa de
Beaufort.
*******************************************
EVACUATION OF PATIENTS AT SEA 9
Author: Joselito Fonseca Corrêa CREMESP:
127,281
objective
Demonstrate our technical experience in evacuating
ships in 9-scale Douglas-scale seas (with waves of sizes between 9 and 14
meters) and describe a practical experience in which the evacuation of a ship
was imminent during a storm with waves of 14 meters high in the South Atlantic
Ocean.
Methods
By thoroughly reviewing all the points covered in the
technical training of naval inspection commissions, we assessed its relevance
for navigation safety as well as comparing the feasibility of the theory in
seas with waves between 9 and 14 meters (Douglas Scale).
Results
We will describe our work while under the
responsibility of Inspector of the Health Sectors of the ships that are part of
the fleet of the Directorate of Hydrography and Navigation of the Brazilian
Navy during the voyages of the Dressage Inspection and Advisory Commission,
emphasizing how these trainings are crucial to good performance. both the
rescue of the wounded and evacuation on the high seas, reporting a real
experience of imminent evacuation.
Conclusion
Although the training of the naval commissions is
sufficiently technical and their training quite effective, the real experience
of being in an oceanographic vessel 17 meters high by 67 meters long, subject
to waves of 14 meters, is far from what was theoretically predicted. We report
the difficulties encountered in navigation at sea level 9 (Douglas) which is
generally associated with winds of 89 to 120 km / hr according to the
comparative scale of Beaufort.
Emergência estética: isso existe?
Autor: Joselito Fonseca Corrêa CREMESP 127.281
OBJETIVOS
Objetivamos questionar multidisciplinarmente a existência de um limbo da Medicina de Emergência ainda não abordado na atualidade e referente à casuística específica do nicho dos artistas, com base em dados científicos de distintas áreas como a antropologia, psicologia, sociologia, belas artes, teoria das mídias e da televisão, artes cênicas, cirurgia plástica, dermatologia e cirurgia geral.
METODOS
Utilizaremos de dados teóricos difundidos no mundo científico ordenados cartesianamente de forma a possibilitar ao médico comum entender o assunto de forma mais complexa e aprofundada. Abordaremos temas como: Interpretações sociais das cicatrizes; Risco psicossocial da deformidade ao artista e o inconsciente coletivo enquanto agravante; a face enquanto identidade para o mundo; Imagem Corporal; A face enquanto veículo de emoções e cultura; A fragilidade psíquica do artista frente à deformidade; “A arte cênica sobrevaloriza a face e o artista sobrevaloriza a forma facial”; Complicações inestéticas das suturas; Prevenção e manejo das cicatrizes distróficas/displásicas; Hiperpigmentação pós inflamatória cicatricial.
RESULTADOS
Não objetivamos criar uma nova subdivisão da Medicina de Emergência, porém encontramos necessidade de salientar que os conhecimentos expostos devem ser relevados no intuito de oferecer erudição suficiente para despertar maior sensibilidade frente ao desconhecido universo psíquico do artista vítima de lesões corporais.
CONCLUSÃO
A densidade técnica dos assuntos abordados aponta para o despertar desse campo teórico na Medicina de Emergência ao mesmo tempo que clama a necessidade de maior aporte de dados científicos no assunto durante a formação do Médico Emergencista.
Aesthetic
emergency: does it exist?
Author: Joselito Fonseca Corrêa CREMESP 127,281
GOALS
We aim to
question multidisciplinarly the existence of a limbo of Emergency Medicine not
yet addressed today and referring to the specific case of the artists' niche,
based on scientific data from different areas such as anthropology, psychology,
sociology, fine arts, media theory and television, performing arts, plastic
surgery, dermatology and general surgery.
METHODS
We will use
theoretical data disseminated in the scientific world ordered in a Cartesian
form in order to enable the common physician to understand the subject in a
more complex and in-depth way. We will address topics such as: Social
interpretations of scars; Psychosocial risk of deformity to the artist and the
collective unconscious as an aggravating factor; the face as an identity for
the world; Body image; The face as a vehicle for emotions and culture; The
artist's psychic fragility in the face of deformity; "The scenic art
overvalues the face and the artist overvalues the facial form";
Unsightly complications of sutures; Prevention and management of dystrophic /
dysplastic scars; Inflammatory hyperpigmentation after scarring.
RESULTS
We do not
aim to create a new subdivision of Emergency Medicine, but we find it necessary
to emphasize that the knowledge exposed must be highlighted in order to offer
sufficient erudition to awaken greater sensitivity in the face of the unknown
psychic universe of the artist victim of bodily injuries.
CONCLUSION
The
technical density of the subjects addressed points to the awakening of this
theoretical field in Emergency Medicine at the same time that it calls for the
need for greater contribution of scientific data on the subject during the
training of the Emergency Physician.