Wednesday 31 December 2008

DOC Experience - Encontros Nacionais de Parapente ABP

Da esquerda para a direita: soldados do Exército Brasileiro que fizeram o resgate, Dr. Joselito médico responsável da ABP e sua DOC-Knapsack, enfermeiro da DOC Guilherme, resgate do Corpo de Bombeiros, enfermeiro da UTI móvel, auxiliar de enfermagem da UTI móvel (todos de pé), resgate do Corpo de Bombeiros, motorista da UTI móvel (de joelhos).
Nossa Fiat Dobló Adventure mostrou-se capaz de transportar todo o material além de bastante veloz nas estradas de asfalto e valente nas de terra. Seu bagageiro na parte superior acondicionou material de resgate (cordas, mosquetões e demais equipamentos de alpinismo e resgate).
Nossas credenciais para os eventos da ABP.
Encontros Nacionais de Parapente da ABP (Associação Brasileira de Parapente).

Vídeo do Primeiro Encontro Nacional de Parapente, promovido pela Associação Brasileira de Parapente em Águas da Prata-SP do qual a DOC foi responsável pelo atendimento e resgate médico.

DOC - Reportagens

Reportagem: Pré-Mundial só define campeão hoje.
Detalhe: “Mãozinha” do Motocross na segurança (após um susto e um corte na mão, o português José Carlos se disse satisfeito com o atendimento médico, que conta com o apoio dos pilotos de MotoCross) “Eu estava voando. Depois desci na BR-116 e peguei uma carona em um caminhão. Quando desci dele, cortei minha mão. Mas fui muito bem atendido pelos bombeiros, que me levaram ao hospital. Os médicos também me atenderam na hora. Estou muito satisfeito.” O depoimento é do brasileiro naturalizado português José Carlos de Souza, um dos 160 pilotos que estão disputando o Pré-Mundial em Valadares. Ele teve um susto ontem, ao sofrer um pequeno corte e precisar da ajuda dos profissionais à disposição dos voadores. A eficiência testada por José Carlos mostra a seriedade com que a segurança é encarada pela organização, a cargo da prefeitura e da GoUp Brasil. Não bastasse todo o aparato médico e militar à disposição, até um outro esporte radical está dando “aquela mão”: o MotoCross. Dois pilotos estão auxiliando em casos de acidentes no pico. Eles ficam de plantão, juntamente com o médico e o enfermeiro, agilizando no atendimento e no resgate dos acidentados. Convidados por Joselito Fonseca, médico responsável pela equipe de resgates no Ibituruna. Geraldo Santos, o Lado, e Milton Kalil aceitaram o convite e estão trabalhando voluntariamente. “As motos são mais rápidas, e quanto mais rápido o médico chegar à pessoa que se acidentou, melhor”, disse Lado, recebendo o apoio do colega: “De fato, se um carro leva, por exemplo, trinta minutos para chegar até o acidentado, nós chegamos em cinco”. Mas não é só o motocross. Outro esporte radical que auxilia no resgate é o alpinismo. A ação dos escaladores, aliás, foi fundamental em dois acidentes acontecidos esta semana. “Os pilotos devem ter caído uns trinta metros, no mínimo. Mas nossa equipe estava no pico e descemos muito rápido, fazendo o resgate com segurança, que é o mais importante”, explicou Gustavo Silva, que é alpinista profissional. A vida em primeiro lugar O reforço na segurança visa, logicamente, à prevenção de acidentes. Além da equipe médica, dos alpinistas, dos motociclistas e de voluntários, o helicóptero da Polícia Militar é outro meio importante para que a vida dos pilotos seja preservada. Segundo o médico Joselito Fonseca, se o campeonato do ano passado tivesse uma organização tão boa como a deste ano, vários acidentes poderiam ter sido evitados. “Os acidentes que aconteceram no último ano foram agravados pelo despreparo na hora do socorro. Se os pilotos acidentados tivessem recebido o socorro na hora, talvez não teriam sido tão sérios os resultados”, disse. Quanto ao aparato à disposição este ano, só elogios. “Temos todos os equipamentos de resgate médico. Temos uma mochila carregada com todos os equipamentos de cirurgia e UTI e temos até uma barraca, caso demore a remoção num local de difícil acesso e seja necessário fazer intervenções mais sérias. Fonte: Diário do Esporte, Governador Valadares,sábado, 20 de março de 2004. Por: Fred Seixas.

DOC - Reportagens

Climb & Fly – das montanhas às nuvens Nesta edição, “Aventura Café”, sua coluna mensal de esportes radicais e de aventura, entrevista Fernando Matzner, 45 anos, proprietário dos campings Ilha das Cachoeiras e Cachoeira do Roncador em Lambari (MG), casado com Maísa de Soldi e pai dos garotos Mark e Renan. Ele foi alpinista profissional por mais de vinte anos com vários cursos (técnicas de alpinismo em pedra e gelo, técnicas de resgate, logística em locais inóspitos, expedições,etc.) em Alpes da Suíça, Alemanha e Áustria. Instrutor em atividades alpinas, espeleologia, vôo livre de parapente, resgate e transporte de doentes em cavernas, montanhas e florestas. Ministrou treinamentos em equipamentos de segurança em altitude para o Corpo de Bombeiros e companias de construção civil. Escalou várias montanhas entre elas a Pedra do Baú (Campos do Jordão), Aconcágua (Argentina), Mont Blanc (França), Matterhorn (Suécia), dentre outras na Itália, Áustria e Alemanha. Participou de vários campeonatos nacionais e internacionais de parapente, sempre chegando entre os favoritos. Praticou Climb & Fly (escalada seguida de salta de para -quedas ou parapente) na Pedra do Baú (foi o primeiro a fazê-lo) e nas montanhas do Parque Nacional do Itatiaia (acesso por Itamonte-MG). Linha Direta News – Como você conheceu o esporte? Fernando Matzner – Eu estava escalando uma montanha nos Alpes Suíços e passou um maluco por cima de mim, voando bem perto, com os olhos esbugalhados, num tipo de pára-quedas de salto. Ele se esborrachou lá em baixo, no meio da neve e eu escutei alguém rindo lá em cima da montanha e outro lá na neve caindo na gargalhada. Eram alpinistas que estavam começando a usar pára-quedas de salto para fazer a descida das montanhas. Isso virou moda lá na Europa e foi assim que o parapente começou a existir por lá. Esse foi o meu primeiro contato com o esporte. LDN – Quando você voltou para o Brasil já existiam pilotos de parapente por aqui? Fernando – Não. Só existiam pilotos de asa delta até que apareceu um alpinista de fora do país (Alemanha talvez) com um tal de paraglider nas costas e resolveu saltar da Pedra da Gávea no Rio de Janeiro. A partir daí os brasileiros começaram a se interessar pelo parapente. LDN – Como foi o início desse esporte lá em São Paulo, onde você morava nessa época? Fernando – Um alpinista amigo meu ( o Pudim, lá de Sampa), que levava turistas para treking no Himalaia, ao voltar de uma dessas viagens, passou pela França e trouxe um equipamento completo de paraglider (o mesmo que parapente). Nessa época eu tinha uma agência de ecoturismo e esportes radicais em São Paulo e nós começamos a oferecer cursos de parapente, que o próprio Pudim ministrava. A Revista Quatro Rodas publicou uma matéria sobre nosso trabalho e a partir daí começou a chover gente na nossa agência. Éramos pioneiros no Estado de São Paulo. Numa dessas aulas eu acabei inflando um parapente e saltei em Franco da Rocha (SP). Nossa, o que é isso? É isso que eu quero. LDN – Como você define o atual momento do parapente no Brasil? Fernando – Já tem pilotos no Brasil de alto nível, o esporte já é bem difundido, mas ainda precisa de pequenos ajustes nas instituições e clubes de vôo. As rampas também precisam de melhorias (ressalta Maísa de Soldi, esposa de Fernando).
LDN – Você também voa, Maísa? Maísa de Soldi – Eu voava em Franco da Rocha e Atibaia mas como, na época, o esporte ainda estava começando, sem infra-estrutura de rampa, vieram meus filhos... Achei melhor dar um tempo, esperar o esporte se desenvolver. LDN – Na sua opinião, o que precisa melhorar? Maísa – Precisamente os acessos às rampas. Falta também incentivo do governo ao esporte e compreensão por parte dos prefeitos de que esse esporte traz turismo e cultura para as suas cidades. LDN – Fernando, como está Lambari e como pode melhorar? Fernando – Existem locais propícios ao esporte, mas ainda falta o despertar do poder público para essa potencialidade. Precisamos da denominação de áreas para rampas oficiais e de estradas de terra para acesso a esses locais para podermos trazer os eventos de vôo para os municípios. O potencial do Circuito das Águas para o ecoturismo, esportes radicais e de aventura é enorme, só falta a conscientização das prefeituras e dos hoteleiros que esse tipo de atividade gera desenvolvimento, conscientização e divulgação das belezas naturais das cidades e empregos (fotógrafos, jornalistas, designers, médicos, guias, etc.), sem contar que essa atividade cresce aproximadamente 20% ao ano no Brasil. LDN – Em Itamonte-MG, pelo menos uma vez a cada dez anos, cai um tipo de neve na região do Vale dos Lírios e Parque Nacional do Itatiaia. Você já presenciou um desses fenômenos lá? Fernando – Sim. Já Vi sim! LDN – Você foi o primeiro a fazer um Climb & Fly naquela região em condições normais, sem neve. Com condições meteorológicas adequadas ao vôo de parapente, seria possível repetir a façanha quando nevar novamente? Fernando - Sim, isso é possível. Mas somente se as condições estiverem adequadas. Inclusive acredito que se possa fazer um “basejump” (salto de pára-quedas próximo ao chão). Temos que estar no local para saber. LDN – E o vôo duplo? Fernando – Estou realizando vôos duplos com turistas, com opções de rampas em Cambuquira e São Lourenço. LDN – O que os turistas que voam dizem? Fernando – Que é uma maravilha. Uma sensação indescritível. Nunca fizeram nada parecido antes. LDN – Quem quiser fazer vôo duplo com você como deve fazer? Fernando – Ou procurar-me diretamente no Camping ilha das Cachoeiras (e Cachoeira do Roncador) ou pelo telefone (35) 3271-3743. LDN – Na Europa você trabalhou em equipes de resgates. No Brasil você está fazendo parte da equipe DOC de resgate médico. Como você vê esse trabalho? Fernando – Extremamente importante. Sinto-me orgulhoso de fazer parte da DOC. Na Europa existem equipes de plantão 24 horas nos locais onde se praticam esportes radicais. No Brasil, essa equipe se registra como a pioneira. As companias de seguro e os planos de saúde ainda não perceberam a falta desse mercado promissor em ascensão. To Elas poderiam investir nesse trabalho da DOC. As prefeituras também poderiam ter interesse em incentivar, para dar mais segurança ao turista de esportes radicais e de aventura, inclusive os que vêm de outros países. LDN – Como desenvolver o parapente em Minas Gerais? Fernando – Em Minas existem tantos locais propícios para o vôo livre e as condições são tão excelentes que eu considero esse estado o Hawaii do vôo livre. Os proprietários dos locais adequados para serem usados como rampa de vôo tinham que se conscientizar que Minas é o paraíso do vôo e passar a ter mais simpatia pelos pilotos, facilitando o acesso às suas propriedades, assim como acontece nas praias de surf do Hawaii, onde o surfista pode usar a praia que escolher, a hora que quiser. As instituições públicas que financiam o desenvolvimento de Estado (BDMG, BNDES, etc) poderiam abrir uma linha de crédito específica para que esses proprietários pudessem se beneficiar economicamente, favorecendo apoio logístico (pousadas, alimentação, transportes, etc.) e lucrando com isso. LDN – Qual a mensagem que você deixa para o leitor? Fernando – Inovação. Acredito ser esta a atitude para despertar-nos desse ostracismo. LDN – Maísa, deixe a sua mensagem parao leitor. Maísa – Harmonia. A condição fundamental para se voar é existir harmonia, equilíbrio e respeito entre o Homem e a Natureza. Fonte: Jornal Linha Direta News, Lambari-MG.