Vídeo da 37a. Rolex Ilhabela Sailing Week - 2010
Dicas de "Segurança no Mar" (1)
DOC Life Support para amadores
1) Jamais exceda a capacidade de pessoas a bordo nem os limites de peso e navegação do seu barco, porque, navegando fora das conndições para as quais foi projetado, ele ficará muito vulnerável, especialmente às mudanças do tempo.
2) Ao partir, calcule quantos litros de conbustível irá precisar para ir e voltar, acrescentando, pelo menos, mais 1/3 (um terço) de reserva. Mas, lembre-se que, quanto mais peso a bordo ou quanto mais agitada estiver a água, maior também será o consumo.
3) Nunca deixe de checar a carga nas baterias, porque tudo o que é essencial em um barco depende de energia para funcionar. Especialmente a partida dos motores.
4) Se não conhecer a região, informe-se bem sobre onde irá navegar, além de consultar cartas náuticas e verificar a tábua de marés. Senão você corre o risco de não conseguir voltar e, ainda por cima encalhar.
5) Nunca - jamais! - parta sem consultar a previsão do tempo. O ideal é acompanhá-la desde pelo menos dois dias antes, para não ter de mudar os planos em cima da hora.
6) Além do material de salvatagem exigido pela Marinha de Guerra do Brasil e de um estojo de primeiros socorros, com medicamentos e curativos, tenha sempre a bordo uma caixa de ferramentas, com, pelo menos, chave de fenda, chave de Philips, alicate abraçadeiras, chave para a porca do hélice, fusíveis, fita isolante e um pedaço de câmara de pneu, arame e massa epóxi. Nenhum deles é exagero.
7) Ao sair, informe à marina o seu destino e o horário previsto de retorno, mesmo se for ficar por perto. Assim, em caso de atrasos ou possíveis problemas, eles ajudarão no resgate.
8) Quem sai para navegar deve ter sempre um rádio VHF ou, pelo menos, um celular a bordo. De preferência, ambos.
9) Antes de acelerar qualquer lancha, mande todos a bordo se sentarem, para evitar tombos e quedas n'água. Além disso, proíba as pessoas de ficarem no solário ou na borda do barco durante a navegação.
10) Não deixe ninguém que esteja na água se aproximar do barco quando o motor estiver em funcionamento, mesmo que esteja desengatado. No caso de mergulhos, só ligue o motor depois que a última pessoa subir a bordo.
11) Nunca aproxime o barco a menos de 200 metros das praias, exceto para embarcar ou desembarcar alguém. E, nestes casos, tenha extremo cuidado com banhistas e aproxime-se bem devagar.
12) Se alguém cair acidentalmente na água, mande imediatamente outra pessoa ficar olhando fixamente para a vítima, sem desviar os olhos dela. Na água, especialmente nas mais agitadas, não é nada fácil localizar alguém na superfície.
13) Sob mau tempo, mantenha sempre o motor do barco ligado e engatado, mesmo que esteja parado. Com o motor funcionando, o controle do barco aumenta bastante.
14) Para uma ancoragem realmente segura, use de cinco a dez vezes mais metros de amarra do que a profundidade do local onde irá ancorar. E, em caso de tempo ruim, solte o dobro deste comprimento.
15) Se o barco parar com uma pane, não o deixe à deriva. Ancore de frente para as ondas, porque barco solto pode ser perigoso.
Fonte: Revista Náutica, setembro, 2010.
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DICAS DE "SEGURANÇA NO MAR" (2)
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1) Troque a bateria regularmente. Como no mar não existe acostamento nem dá para fazer a lancha 'pegar no tranco', não espere a bateria arriar de vez. Troque-a no máximo a cada dois anos, mesmo que ela aparente ainda estar boa. pode ser mera aparência mesmo.
2) Não desafie o tempo. Se você sabe que o empo vai virar, não saia para o mar, porque se houver qualquer atraso no caminho, por conta disso, pode não dar tempo de chegar ao destino nem - pior! - voltar para a marina.
3) Grande nem sempre é sinônimo de seguro. É um risco pensar que só porque seu barco tem bom porte ele será seguro em qualquer mar. Quando o mar fica ruim, é ruim para qualquer barco - não importa muito seu tamanho. Nem barcos grandes são totalmente à prova de maus humores marinhos.
4) Para navegar à noite tenha radar. Barcos não tem faróis, nem há postes com luz no meio do mar. Portanto, se pretende navegar bastante à noite, instale um radar. Ele substituirá seus olhos quando não der para enxergar nada na escuridão da noite.
5) Tenha um rotor de reserva. Em barcos com motor de centro ou centro-rabeta, é comum a bomba de refrigeração parar por problemas no rotor. Por isso, tenha sempre um rotor sobressalente. A troca é fácil e pode ser feita na água mesmo. Com um pouco de sorte, nem atrasa o passeio.
6) Se o objetivo é se divertir então, o objetivo é (só) se divertir e apenas isso! Quem possui um barc de lazer deve ter em mente que o objetivo é apenas se divertir - e não sofrer! - com ele. Por isso, sempre que o passeio ganhar tons de sacrifício ou desconforto, seja pelo mar ou pelo mau tempo, é muito melhor voltar do que enfrentar a natureza.
7) Guindaste é para olhar embaixo! Quando, ainda na marina, seu barco for descer para a água, aproveite para examinar bem as partes menos visíveis do casco. Também cheque visualmente hélices e rabetas - é o momento certo para isso.
8) Antes de dar a partida, olhe o nível! Não importa qual seja a duração do passeio, se o seu barco for a motor, antes de dar a partida confira pelo menos dois níveis de líquidos nele: o do óleo e o da água de refrigeração, ambos para evitar problemas de superaquecimento, que são bem mais frequentes do que parecem.
9) Desligar, só depois de ancorar. É muito comum os pilotos desligarem os motores antes mesmo de jogar a âncora nos fundeadouros. Com isso, eles simplesmente não verificam se o ferro unhou de fato o fundo, o que é um erro grosseiro, mas frequente. O resultado pode ser um barco desgarrado e com todas as consequências que isso traz, tanto para o dono do barco quanto para os vizinhos ao lado.
10) Bateria? Não confira somente a carga. Além de checar se a bateria tem carga suficiente, é importante conferir com muita frequência se as conexões estão bem apertadas nela, porque o movimento do barco tende a afrouxar e soltar os terminais. E quando isso acontece é o mesmo que ficar sem bateria no meio da água.
11) Aponte os riscos antes do perigo. Nos barcos, por conta do movimento, estamos sempre sujeitos a tombos, tropeções e escorregões. Por isso, sempre que receber alguém novo a bordo, aponte e alerte para os locais de maior risco, como cunhos salientes, escadas com degraus estreitos e áreas sem piso antiderrapante. E tenha especial atenção com as crianças.
12) Jamais ache que sabe tudo. Mesmo que já navegue há tempos, sempre haverá o que aprender com os outros. Portanto, escute bastante, principalmente os mais experientes. Acreditar que já sabe pilotar um barco só porque tirou carteira de arrais é um erro perigosíssimo.
13) Navegue da forma tradicional. Apesar da facilidade moderna do GPS, ainda é mais seguro traçar uma rota primeiro na carta náutica e só depois lançar os waypoints no aparelho. Assim, se o GPS falhar, você saberá se localizar e ainda terá o caminho de volta marcado na carta.
14) Desconfie se estiver sozinho. Mesmo que o dia esteja lindo, desconfie se não houver outros barcos na água: pode ser sinal de que o tempo vai mudar. E, no mar, ele pode mudar muito, e rapidamente. Bem melhor do que isso, no entanto, é ir acompanhado atentamente as previsões do tempo nos dias que antecedem o passeio. Assim, ele não precisará ser cancelado em cima da hora.
15) Consulte sempre os pescadores. Os pescadores locais são ótimos para prever como estará o tempo no mar. Conversar com eles antes de partir é uma atitude sempre sábia e útil. Só de olhar para o mar eles já sabem como será.
Fonte: Revista Náutica, setembro,2010.
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Dicas de "Segurança no Mar" (3)
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1) Confira você mesmo! Mesmo que sua marina se encarregue de cuidar de tudo no seu barco, confira você mesmo, antes de partir, certas coisas a bordo. Por exemplo: se o bujão do porão está fechado e se todos os equipamentos funcionam direito.
2) Não olhe só para a proa. O excesso de confiança e a negligência são pecados comuns, que o mar não costuma perdoar. Ficar atento a tudo, o tempo todo e ao redor de todo o barco - e não apenas à frente - não é exagero. É necessidade! Redes de pesca, marolas de outros barcos, sinais de mudança de tempo no horizonte, tudo deve ser monitorado. E sempre.
3) Proa, porão e muito mais. Além de cuidar da navegação, é preciso ficar atento ao que acontece dentro do próprio barco, o tempo todo. A expressão "da proa ao porão" é apenas uma metáfora. Significa, na verdade, monitorar o barco inteiro. E sempre.
4) Confie, mas não muito. É comum o comandaante revezar o leme com outra pessoa, mas se fizer isso explique ao seu substituto exatamente o que ele deve (ou não) fazer, para não correr o risco de o barco sair do rumo. De qualquer forma, quando encarregar alguém de qualquer tarefa a bordo, cheque - sempre! - se está sendo feito direito, porque em navegação não se deve confiar plenamente em ninguém.
5) Piloto automático? Tenha dois. Se não quiser correr riscos confiando o leme a outra pessoa, tenha um piloto automático - porque ele só faz o que você manda, não se distrai com a paisagem, não se cansa, nem se amotina. Mas, às vezes, quebra... Por isso, além de ir checando se está tudo funcionando, tenha outro a bordo, de reserva.
6) Nada substitui o velho balde. Felizmente não é frequente, mas pode acontecer de o porão inundar e a bomba não funcionar justamente quando você mais precisar. Por isso, não custa nada ter sempre um prosaico balde a bordo. Como diz o quase ditado náutico, 'não há nada mais eficiente a um navegador desesperado que um balde à toa'. Tenha um no seu barco.
7) Anote, sempre! Anotar, a cada duas horas de navegação, todos os detalhes do passeio e do seu barco. Isso ajuda muito no controle da manutenção da embarcação e evita apuros. Se, por exemplo, o GPS pifar, consegue-se facilmente saber onde se está, apenas comparando as anotações com a carta náutica. A prática sempre confirma a teoria.
8) Anote, precisamente o ponto de fundeio. Quando ancorar à noite, para dormir à bordo, anote precisamente a sua posição no GPS. Isso servirá para checar, depois, se o barco está sendo arrastado. Também serve para, em caso de cabo rompido, voltar ao ponto exato do fundeio e recuperar o ferro perdido.
9) Confira antes o calado. Se for entrar em um local raso que não conheça bem e com um barco de grande calado, como os veleiros, por exemplo, desça primeiro com o bote e uma sonda para checar a profundidade das águas. E só depois avance, seguindo o caminho traçado com o bote.
10) Cuidado com os práticos. Se for chamar um pescador local ou prático da região para ajudá-lo entrar numa barra perigosa, canal desconhecido ou porto raso, cheque primeiro se ele está habituado a guiar barcos com o mesmo calado que o seu - geralmente, não! Neste caso, melhor não arriscar. Procure outra indicação mais confiável.
11) Com mar grosso, fique longe. Se o seu barco tiver algum porte e o mar virar de repente, adote o procedimente contrário ao senso comum: fique bem longe da costa - como diz o ditado, quem navega só, teme a terra... Mas, se precisar procurar um abrigo, mantenha-se a uma distância segura das pedras. Quanto mais longe delas, melhor.
12) Não confie na memória. Prefira não confiar na memória e, tal qual os pilotos aéreos, sempre consulte um check-list antes de partir. Esquecimentos rídiculos (como de combustível) podem acontecer. Quem usa um barco para pescar deve ter cuidado redobrado com a bagunça a bordo, porque coisas espalhadas pelo chão´podem derrubar os pescadores na movimentação e um anzol machuca bastante.
13) Mão na linha, jamais! Se for levar novos pescadores para o mar, ensine-os a nunca segurar diretamente na linha durante as pescarias, porque, se o barco se movimentar, ela pode machucar as mãos. E, em vez de usar a mão para controlar a linha, use só a vara e o molinete para isso.
14) Tenha um alicate na cintura. O alicate faz parte do equipamento básico de qualquer pescador e deve ser levado sempre na cintura, tanto para segurar os peixes quanto para, eventualmente, cortar a linha se algo der errado.
15) Organize a tralha de pesca. Nada deve atrapalhar a circulação no convés. Cabos soltos, nem pensar! Guarde defensas nos paióis e organize toda a tralha de pesca. Iscas artificiais, que possuem anzóis embutidos, devem ser guardadas em caixas e as varas devem ficar sempre nos portas-varas, com iscas presas na carretilha, nunca na ponta delas, para não ferir ninguém no caso de esbarrões, que são bem frequentes a bordo de qualquer barco.
Fonte: Revista Náutica, setembro,2010.
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Dicas de segurança no mar (4)
DOC Life Support para amadores
1) Será que o rádio vai pegar? Há locais onde o rádio VHF não sintoniza direito, por causa da distância ou das interferências das montanhas. Por isso, antes de sair para um passeio em águas desconhecidas, é bom se informar direitinho se o rádio ou o celular funcionarão nos lugares onde pretende navegar. Assim, no mínimo, você poderá se preparar para ficar um tempo sem comunicação ou alertar os amigos sobre isso.
2) Barcos pequenos=levar remos! Na dúvida, tenha sempre um par de remos. Merglhadores e pescadores podem usar, por vezes, pequenas embarcações (tipo uma lanchinha de 22 pés) e nesse caso é sempre prudente que levem um par de remos para usar se houver algum tipo de pane no motor de polpa. Não acrescenta nada de peso no barco, mas pode poupá-lo de ter que arrastar algo bem mais pesado.
3) Anzol não se tira com a mão! Nunca tente tirar um anzol da boca do peixe diretamente com as mãos, porque o animal pode se debater e o anzol machucar você. O certo é usar um alicate próprio para isso, chamado alicate de contensão ou 'grip', e outro, de bico, para remover o anzol.
4) Fique de olho na hora da foto. Pescadores adoram ser fotografados exibindo os peixes que fisgaram, mas, ao fazer isso, deve-se segurar o peixe com um alicate e não com as mãos, para evitar que o peixe fique se debatendo até machucar alguém. E machuca mesmo!
5) No mar, mas de olho no céu. Nas tardes de verão, são frequentes as tempestades repentinas, que transformam não só o céu, mas as águas também - mesmo em represas ou baías. Para não ser pego de surpresa, habitue-se a observar sempre o céu enquanto passeia na água. Se começarem a surgir nuvens escuras - ou, pior, com formato de bigorna - no horizonte, retorne ou busque abrigo, porque elas certamente serão sinal de tempestade vindo. E rápido!
6) Tenha bujão reserva. O bujão, que serve para tapar o interior do casco em barcos pequenos, pode rachar se for apertado demais. E, geralmente, só se descobre isso dentro d'água, quando o porão começa a inundar. É uma coisa boba, mas que pode até virar tragédia. Por isso, não custa nada - absolutamente nada - ter um bujão de reserva a bordo do próprio barco. Assim, nem o passeio é interrompido.
7) Tenha, também, uma bomba manual. Mesmo que o seu barco tenha bomba automática de porão, leve, por precaução, também uma bomba manual a bordo. Além de ser um ótimo quebra galho caso a automática não funcione, a bomba manual sequer depende de energia da bateria. Que também pode lhe deixar na mão.
8) Marinheiro bom custa mais mesmo. É um tremendo erro querer economizar justamente no salário do marinheiro. Também não basta que ele seja "homem do mar" ou "filho de pescador", como geralmente se ouve por aí. Um bom marinheiro precisa ser mais do que isso e, por isso mesmo, costuma custar um pouco mais. Pague. Vale a pena. Mas, antes disso, confira as preferências dele, conversando, de preferência, com donos de marinas e de outros barcos.
Fonte: Revista Náutica, setembro,2010.
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