

UMA HISTÓRIA DO CORPOO HISTORIADOR FRANCÊS GEORGES VIGARELLO, DA UNIVERSIDADE DE PARIS V, É ESPECIALISTA NA REPRESENTAÇÃO DO FÍSICO E DO ESPORTE ATRAVÉS DO TEMPO. PARA ELE, CARNE, OSSOS E MÚSCULOS NADA MAIS SÃO DO QUE SUPORTES HISTÓRICOS, MODIFICAÇÕES, CULTURAIS, SOCIAIS E EDUCACIONAIS SE REFLETEM NO ORGANISMO, MUDANDO POSTURAS, ATITUDES AS MÁQUINAS QUE NOS EXERCITAM. ¨A BUSCA ATUAL DA SUPERAÇÃO DOS LIMITES DO CORPO É APENAS A FORMA QUE ENCONTRAMOS DE DAR SENTIDO À VIDA, JÁ QUE NÃO ENCONTRAMOS A FELICIDADE EM DEUS OU IDEOLOGIAS¨, AFIRMA. A PEDIDO DE GALILEU, O HISTORIADOR EXPLICA CADA PERÍODO QUE VIU E VÊ NO CORPO HUMANO.
IDADE MÉDIA¨O corpo é um espelho do superior: céu, astros, forças maiores e mágicas invadem os órgãos e a pele. São as influências cósmicas que regem o corpo e é ele quem manda os desejos, comportamentos e atitudes humanas. Submetido, moralizado e passivo, o organismo humano aceita as ordens que vêm ‘ de cima’¨. SÉCULO 16¨
Em vez do reflexo do superior, o corpo passa arevelar o espírito. Ele é formado por líquidos e humores (Como bílis, o sangue e a linfa) e é preciso purgá-lo e depurá-lo para que atinja a purificação. No fim do século, a atividade fisica mais comum não são os exercícios, mas as sangrias¨.
SÉCULO 17¨O espartilho usado nesse século é o símbolo das práticas que tentam redefinir o corpo da sociedade ocidental: é importante ser reto, e o corpo passivo é colocado dentro de ‘fôrmas’ que o protegem e sustentam. É a mão do adulto aplicada ao organismo das crianças que molda e força a postura. Aliás, nessa época, fazer exercício é algo que pode prejudicar esse desenho fino e cuidadoso das formas humanas¨.
SÉCULO 18¨No século das luzes Europeu, nasce o respeito pelo ser humano. O corpo torna-se ativo e liberta a infância, subjugado no século anterior por corpetes e ataduras. A mobilidade vai de encontro ao dinamismo da natureza – exigências sufocantes que bloqueavam músculos e articulações afrouxam. Surgem séries numeradas de exercícios para melhorar algumas partes. A silhueta ideal é um busto enorme e cintura fina¨.
SÉCULO 19¨A ginástica é inventada no auge da revolução industrial. Os gestos precisam ser reinventáveis, e a melhor forma de atingir esse objetivo é torná-los repetitivos. A parece a gonástica escolar e as ancestrais das academias: salas com aparelhos construídos com roldanas, correias e escadas. No fim do século, a ginástica concorre com esportes libertadores: ciclismo, corrida¨.
SÉCULO 20¨O século do indíviduo colocou o corpo no centro da existência. Ele tornou-se o suporte da identidade. Enquanto nos séculos passados, acreditar em valores superiores ou pertencer a um grupo social dava sentido à existência, no mundo contemporâneo a ênfase está no indivíduo, no agora. A morte da utopias, nas décadas de 60 e 70, transferiu as antigas transcendências para o corpo. Certas práticas atuais, como os esportes radicais ou as festas rave, que duram dias, são maneiras de levar o corpo para além dos limites, como faziam os antigos ideais religiosos ou políticos. No mundo contemporâneo, a busca da excitação, do irreal e do sentido que antes estava no Absoluto transferiu-se para o induvíduo. O corpo é o lugar para a plena realização humana” . @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ Atleta paraplégica volta a caminhar depois de 10 anos A holandesa Monique van der Vorst chamou a atenção da imprensa mundial neste sábado de Natal. Vencedora de duas medalhas de prata nos Jogos Paraolímpicos de Pequim em 2008, a atleta voltou a andar depois de 10 anos paraplégica.Em março deste ano, Monique foi atropelada por um ciclista durante um treino na Espanha. Devido ao acidente, começou a fazer fisioterapia. Depois de nove meses, começou a sentir sensibilidade nos pés e recuperou os movimentos.A holandesa ficou paraplégica na adolescência. Ela foi submetida a uma operação para corrigir um problema no tornozelo, mas perdeu os movimentos das pernas. Monique, de 26 anos, competia no ciclismo adaptado e disputava corrida de cadeira de rodas. Era ela considerada favorita ao ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Agora ela espera conseguir competir em outras modalidades.
A história de superação de Moniquecomeçou há 13 anos, quando ela, sonhando em ser uma atleta profissional, torceu o tornozelo jogando hóquei. Uma simples lesão resultou, primeiro, na paralisia da perna esquerda e um ano depois na da direita. “Na época, vi que depois da consulta minha perna ficou roxa e fria. Dias depois parou de fazer qualquer movimento, e nenhum médico conseguiu me explicar o motivo”, disse a holandesa. “Minha família tentou tudo o que era possível para eu voltar a andar. Fomos a dezenas de médicos, mas ninguém entendia o que acontecia com minhas pernas”, comentou.
Após um grande período deprimida, tentando se adaptar à nova vida, Monique conheceu o esporte paraolímpico,mais precisamente as corridas de cadeira de rodas e o handcycle (corrida de bicicleta onde se pedala com as mãos). Aos 15 anos participou da primeira competição nas modalidades. “Na época, o esporte me deu autoestima. Aprendi a pensar em possibilidades e não em limitações”, disse ela. Com o passar do tempo, Monique não pensava mais em voltar a correr. A atleta aprendeu, com o esporte, a viver com independência. Depois de muito treino, ela conseguiu atingir um de seus objetivos: a medalha nos Jogos Paraolímpicos de Pequim-2008. A atleta foi prata nas duas modalidades, sendo que no handcyle o ouro não foi conquistado na prova de 40km de estrada por apenas 0,13s. Em 2009, ela também foi destaque do Ironman 2009 no Havaí, como uma das poucas atletas da modalidade paraolímpica a completar a prova. O Ironman do Havaí é uma das provas mais difíceis do mundo e consiste em um triatlo de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida (equivalente a uma maratona Na temporada de 2010, Monique começou a preparação para os Jogos de Londres, em 2012. O objetivo era deixar a segunda colocação para trás e conquistar dois ouros. Mas o sonho, novamente, não será possível.
Dois acidente mudaram a vida da atleta.Um primeiro em março deste ano, quando estava treinando e uma companheira se chocou contra ela. O impacto a fez cair no chão e, surpreendentemente, as pernas reagiram com espasmos. “No começo fiquei muito triste com o acidente porque minha preparação para a temporada tinha sido afetada e temia não poder estar bem nos Jogos de Londres”, revelou a ex-atleta.

No primeiro momento, ter a possibilidade de voltar a andar foi um choque.“Não foi fácil para ela abandonar a possibilidade competir nos Jogos Paraolímpicos. Tivemos que apoia-la muito para fazer esta transição”, disse André Gatos, chefe da missão paraolímpica da Holanda. Os resultados dos exames foram tão fora do comum, que todos os médicos que cuidavam de Monique ficaram surpresos com o novo quadro. “Milhares de pessoas tem lesões na medula óssea, cada uma com sensações diferentes no corpo. Mas é incomum poder andar de novo”, o médico John Ridwell, especializado em lesões da medula espinhal na Universidade de Glasgow. Em julho começou a fazer fisioterapia e em dezembro a ex-atleta se emociona por poder dar seus primeiros passos nesta nova vida. “Competir foi uma grande paixão. Agora é difícil porque eu preciso encontrar um novo propósito na vida. Mas sei que vou superar”, falou MoniqueNesta nova fase da vida, a holandesa já tem um novo objetivo também: “Seria um sonho poder participar do Ironman, mas desta vez como uma atleta comum”, finalizou. Fonte: Avelok, The Yachtman. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

A largada de Alan rumo à superação de seus limitesfoi dada em uma pista de corrida. ¨Sempre via meus vizinhos indo treinar, de brincadeira. Um dia resolvi ir junto¨. Quando chegou ao campus da Universidade Estadual do Pará, conheceu Suzete Montalvão, sua técnica até hoje. Aos 8 anos, Alan entrou para o grupo de atletismo. Após cinco anos disputando com meninos normais, o rapaz foi participar de uma competição de paraateltas. ¨Fui para Manaus e acabei sendo campeão do Norte e Nordeste. Me encontrei no esporte. Descobri que gostava de correr, tinha jeito.¨ O problema eram as próteses. ¨Eram horríveis, quebravam. A chuva que cai em Belém quase todo dia foi destruindo a estrutura interna.¨ As notícias da boa performance do menino circularam. Em 2007, o também paraatleta Rivaldo Martins o procurou. Disse que conseguiria novos pares de pernas mecânicas, especiais para atletismo. ¨Vim para São Paulo fazer as medições. Confeccionaram um molde da minha perna para prender o encaixe que segura as lâminas de carbono. Para mim, que só usava partes de madeira, era um sonho¨.
O modelo que ganhou de presente custa US$ 50 mil.É uma criação do pesquisador americano Van Philips. Em 1976, ele teve a perna esquerda decepada abaixo do joelho em um acidente de esqui aquático. Desde então, criar um membro mecânico mais eficiente virou sua obsessão. Philips sabia que as próteses tinham avançado pouco desde a segunda guerra Mundial. Para ele, era óbvio que o equipamento não deveria apenas apoiar o peso do corpo, mas poderia também contribuir com algum impulso. Observando os mecanismos do salto com vara e da mola de um trampolim, começou a criar um aparelho que permitisse ao homem pular e voltar ao chão com equilíbrio. Um dia após conseguir cruzar os corredores do campus da Universidade de Utah, EUA, com seu experimento, Philips pediu demissão do seu emprego de pesquisador e abriu uma empresa e um laboratório no porão de casa. Produzia e testava em série, usando os produtos até quebrar. Em dois anos, fez mais de 100 protótipos. E compreendeu o erro dos outros projetistas: tentar replicar ossos humanos. O professor analisou o funcionamento dos ligamentos que armazenam energia muscular nos membros de leopardos e cangurus e chegou à conclusão de que era necessária uma compressão na prótese para que a força contrária fosse aplicada. Sua firma, a Flex-foot, começou a vender modelos em 1984.
De lá pra cá, o formato da prótese de carbono mudou, até atingir o mordeníssimo modelo Cheetah,criação vendida para a Össur, empresa na Islândia que fez as novas pernas do jovem atleta paraolímpico brasileiro. ¨O treinamento é similar aos convencionais, no entanto, deve ser feito um trabalho de compensação dos músculos que são menos utilizados, como os glúteos¨, afirma Ciro Winckler, coordenador de atletismo do Comitê Paraolímpico Brasileiro. No caso de Alan, a adaptação foi relâmpago. Sentiu as diferenças na pele – e nos números do cronômetro. Antes do presente, fazia 14 segundos nos 100 metros. ¨Em dois meses eu fiz 12,5s. Nos 200 metros, eu fazia 32s. Baixei para 26 com os novos aparelhos. ¨Foi nessa época que conseguiu uma vaga para ir à Olimpíada de Pequim, na China, em 2008. ¨Fiquei em sétimo, mas bati o recorde brasileiro dos 200 metros.¨ O grande momento veio no revezamento, quando chegou em segundo lugar, perdendo para a equipe americana. ¨Ganhar a prata foi uma superação¨. O atleta de 17 anos sorri ao dizer a frase. ¨Mas, olha, essa história de limite... Estou prestes a trocar de prótese. Um novo modelo, adequado para o peso que estou ganhando. Eu quero ser ainda mais veloz".Fonte: Revita Galileu. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ JOGO DE PERNAS AIMEE MULINS 33 anos- 1,79 m – 24 pernas A atriz, modelo e atleta olímpica, fala sobre o uso da tecnologia para aprimorar o físico. Você tem muitos tipos de pernas. Pode explicar com isso funciona? Mullins – Tenho 12 pares. Minha próteses Cheetah servem para correr, nadar ou andar de bicicleta. Agora neste momento, estou usando as pernas Robocop, que possuem um sistema de absorção de impacto. Daí, tenho quatro pares de pernas cosméticas, feitas de silicone e que imitam a pele. Essas são incrivelmente parecidas com as humanas, com veias, pelinhos e tendões. São feitas sob medida. O que fez você perceber que queria pernas mais parecidas com as normais? Mullins – Quando era adolescente, fui ao Museu de Cera Madame Tussauds, em Londres. Vi uma reprodução da modelo Jerry Hall. Tudo estava exatamente replicado ali: o tom de pele, a cor dos olhos. Eu usava pernas ortopédicas. Quer dizer: que raio de garota de 17 anos ia gostar de usar calçados ortopédicos? Percebi que estava falando com as pessoas erradas. Precisava achar esses caras em Hollywood que criavam coisas como Exterminador do Futuro. Um pessoal que não estava carregado com a visão tradicional dos fabricantes médicos.
Alguém já chamou você de ciborgue?Mullins – As pessoas têm me chamado de tudo: transumana, pós-humana, ciborgue. Alguém que usa lentes de contato é um ciborgue? Se considerarmos que um celular ou uma tesoura são próteses, no sentido de que eles aumentam nossas capacidades, nós somos ciborgues quando os usamos? A Tecnologia está chegando ao ponto de tornar uma deficiência uma super-habilidade? Mullins – Nós já estamos lá nas cirurgias oculares a laser. Não existe mais o estigma de usar óculos, como havia nos anos 1940 e 1950. A tecnologia nos deu essa super-habilidade. O golfista Arnold Palmer não conseguiria continuar jogando sem que houvesse uma chapa de titânio em seu quadril. Tiger Woods fez a cirurgia a laser duas vezes nos olhos. Isso deu a ele uma visão 20/15 – ainda melhor do que a visão 20/20, considerada ¨perfeita¨. É uma clara vantagem em relação a outros atletas num esporte em que a mira é tão importante.
As pessoas deveriam se incrementar assim?Mullins – Mas elas já fazem isso. Se alguém quer ter 50 piercings ou modificar o corpo colocando prótese de carbono para imitar chifres, elas podem. Deveríamos ter um debate ético sobre isso? E tem a cirurgia plástica. Por que uma prótese é associada a uma deficiência e um implante nos seios é tido como uma melhoria? Até onde a gente pode levar esse conceito? Eu acho que isso não tem limites. RECORDISTA OLÍMPICA, Aimee teve as duas pernas amputadas ainda na infância. A americana de 33 anos sabe na pele como a ciência está construindo uma nova forma de melhorar o corpo humano, seja ele deficiente ou não. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ > @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@


Projeto que tem que dar certo, feito em Lages - Santa Catarina!
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EU, CIBORGUEUm cientista inglês quer iniciar a nova etapa da evolução: Criar corpos feitos de pele, osso e circuitos. ¨Em menos de 30 anos, qualquer um poderá ter uma parte robótica¨. Imagine um mundo em que será possível guardar arquivos no próprio cérebro? Ou conversar sem abrir a boca, usando apenas a mente? E se conectar à internet utilizando um dedo como pen drive ou dirigir um carro sem se mexer? ¨Por que devemos nos limitar aos cinco sentidos? Por que não tentar a comunicação pelo pensamento? Por que não sermos super-homens?¨Warwick está em contagem regressiva. Antes do seu 60º aniversário, ele pretende criar um cérebro biológico para computadores e prepara uma técnica para o momento crucial de sua carreira: instalar um chip no próprio crânio. O implante o tornará um novo tipo de ser: parte humano, parte máquina.
O ÚLTIMO A SAIR APAGUE A LUZ... VILÃ: A TECNOLOGIAAPAVORE-SE porque você não vai valer mais nada. Segundo o filósofo Francis Fukuyama, no futuro as pessoas – ricas- irão modificar por meio de terapias genéticas, conexões com máquinas e nanotecnologia para se tornarem superpessoas. Isso fará com que elas deixem de se ver como iguais aos reles humanos, criando as ditaduras de super-humanos – mais ou menos como o sonho de Magneto, o vilão dos gibis e filmes do X-Men. Essa é a teoria de seu livro Nosso Futuro Pós-Humano, de 2002. Furukuyama foi dos primeiros filósofos sérios a considerar o que futuristas como Ray Kurzweil e Bill Joy vinham discutindo havia tempos e era considerado mera ficção científica: o transumanismo, as conseqüências nas modificações tecnológicas dos seres humanos. Um passo além da ditadura, existe a possibilidade de simplesmente desistirmos da vida física. Em seu livro de 1999, A Era das Máquinas Espirituais, Kurzewil previu, que como forma de nos tornarmos imortais, poderíamos fazer download de nossas consciências para máquinas capazes de simulá-las. Muito além de Matrix, isso seria decidir nos transformarmos em máquinas, ou seja o fim da humanidade. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
ANDO MEIO DESLIGADOA vida moderna trouxe o carro elétrico, o iPod, a TV a cabo, o videogame, o celular e a capacidade de falar com seus amigos a todo momento, em qualquer lugar. Mas com ela vieram também tensão, pressão no trabalho, trânsito, insônia, depressão e a viciante possibilidade de nunca se desligar. Estamos consumindo mais remédios contra a ansiedade. Estamos recebendo informações 24 horas por dia. Está na hora de desacelerar.
Portador da ¨desordem de ansiedade da internet¨.E é o resultado direto de um mundo veloz e conectado. ¨Esse fluxo constante de informação injetado no meu cérebro vai acabar tendo um efeito negativo¨. Irritabilidade e o desejo de acompanhar o que está acontecendo em todo lugar estão entre os males que uma rotina plugada pode trazer à saúde. ¨O que estou perdendo?¨, ¨O que está acontecendo no mundo lá fora?¨, ¨Será que alguém me escreveu?¨ Encarar o trânsito das grandes cidades, a competitividade do mercado de trabalho, a violência urbana, o temor de que o mundo está prestes a acabar por causa do aquecimento global... Por exemplo uma síndrome do pânico pode favorecer o aparecimento de uma fobia social ou outro transtorno mental, como depressão.
A ansiedade e o estressefazem parte fazem parte da experiência humana. Possuem inclusive, uma importância evolutiva. Estresse é o resultado de uma mudança à qual uma pessoa precise se adaptar. ¨O que as pessoas esquecem é que o estresse também pode ser desencadeado por eventos positivos, como um casamento ou o nascimento de um filho. Mas, como estamos passando mais tempo em contato constante com outras pessoas, há menos tempo para relaxamento. Uma vida alimentada por celulares, redes sociais e e-mails pode dificultar o descanso físico e mental. A maioria das pessoas que procuram tratamento é formada por adolescentes e jovens, 60% do sexo masculino. ¨A dependência de internet não está relacionada ao tempo que a pessoa fica conectada, mas se ela troca experiências da vida real pela vida virtual.¨ Ele deixou de visitar a casa de amigos para bater papo por e-mail ou MSN. Tirar um dia longe do teclado e do monitor tornou-se uma impossibilidade. Uma tortura . ¨Eu ficava ansioso e com a sensação de que era perdido recuperar o tempo perdido. Sei que exagero, que preciso mudar. Os dias passam e me dou conta de que passo o tempo todo por aqui.¨
A dependência na internet é tratada na categoria dos transtornos de impulso.¨Um dos sintomas é a pessoa ficar monotemática, só falar disso¨. Ele lista outros indícios do problema: a necessidade de permanecer mais tempo online a irritabilidade ou depressão, principalmente quando não é possível se conectar à rede ou usar tecnologia. Sensação de ¨estar por fora¨ se o celular não toca e se a caixa de e-mail não acusa o recebimento de uma nova mensagem. Preocupação crônica pode levar à morte precoce. Em parte porque tipos estressáveis são mais propensos a envolverem-se em comportamentos não saudáveis, como fumar, beber ou comer excessivamente. Também estão sujeitos a disfunções biológicas, como a hipertensão. O remédio é aprender a controlar a ansiedade antes que se torne doença. ¨Uma das formas é conhecer técnicas de relaxamento¨, afirma Spiro. Elas incluem práticas de respiração, meditação e pensamento positivo. Exercício físico é eficiente remédio para liberar a tensão. Contato com a natureza pode ajudar. Outra solução é buscar equilibrar o fator ¨mundo moderno¨na sua dieta de atividades. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@